sexta-feira, 16 de abril de 2010

É importante estabelecer metas!

Observamos que cada vez mais os colaboradores transitam de empresa em empresa com maior frequência. A razão é simples - o paradigma do mercado de trabalho mudou: a importância na escolha profissional já não está entre empresas, mas sim entre a especialização e a generalização da profissão. Actualmente a duração média de permanência numa empresa é inferior a quatro anos. A rotatividade passou a ser uma estratégia de carreira. Esta passou a ser formada por uma série de funções e não por uma série de passos, passando o poder a ser adquirido com habilidade e não com posições, as carreiras passaram a ser construídas em mercados e não em hierarquias. A abertura de canais informativos sobre emprego, empresas e novas oportunidades forneceu aos profissionais novas ferramentas para se posicionarem no mercado. Além disso, o facto de serem mais qualificados que as gerações anteriores permitiu-lhes ter uma relação menos submissa com a entidade empregadora. Um dos principais problemas desta maior flexibilização do mercado laboral é que as empresas ainda não se aperceberam que os activos intelectuais são a sua nova fonte de riqueza. Os gestores de recursos humanos devem oferecer constantemente garantias para que o funcionário fique na empresa, criando sistemas de negociação que mantenham os melhores talentos.

A decisão por uma carreira mais estável ou mais dinâmica ao nível da rotatividade é sobretudo pessoal. No entanto, é necessário salvaguardar algumas premissas. A exigência de um plano de carreira que oriente o desenvolvimento profissional na empresa é essencial, de forma a que existam expectativas reais de evolução. O importante é que uma relação empregador-empregado estável seja do tipo “win-win”, ou seja, à criatividade, empenho e flexibilidade do colaborador, a empresa deve responder com incentivos, uma remuneração justa, perspectivas de progresso e "fun". Num mercado laboral onde o talento passou a ser o principal activo, a guerra por bons colaboradores faz parte da estratégia. Cabe ao funcionário a última palavra - mas sempre com a consciência de que um talento não é necessário eternamente e que a rotatividade faz parte do jogo.

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